1.
Conceito de liderança
Líder é o condutor, o guia, aquele que comanda. Ser líder é
ter uma visão global, uma relação entre o homem e o seu ambiente de trabalho. É
saber ensinar e também aprender, sendo este último de vital importância, ou de
maior importância. A principal atividade de um gestor ou líder é a de conduzir
pessoas, como o próprio nome indica, sabendo para isso lidar com elas e
conseguir os melhores resultados.
As pessoas são, sem dúvida, o principal ativo de uma organização, o seu mais importante recurso, necessário ao ponto de pequenas, médias e grandes empresas terem um setor somente desenvolvido em função delas: o departamento de R.H. Em outras palavras, elas são o capital intelectual, o mais importante de uma empresa realmente moderna. De fato, os líderes influenciam seguidores. Por este motivo, muitos acreditam que os líderes têm por obrigação considerar a ética de suas decisões. Apesar de a liderança ser importante para a gerência e estreitamente relacionada a ela, liderança e gerência não são os mesmo conceitos.
Liderar não é uma tarefa simples, pelo contrário, liderança exige paciência, disciplina, humildade, respeito e compromisso, pois a organização é um organismo vivo, dotado de colaboradores dos mais diferentes tipos. Dessa forma, pode-se definir liderança como o processo de dirigir e influenciar as atividades relacionadas às tarefas dos membros de um grupo. Porém, existem três implicações importantes nesta definição:
1ª) A liderança envolve outras pessoas: Onde houver mais de uma pessoa, haverá a necessidade de um líder, o que contribuirá na organização de um trabalho, tarefa ou até mesmo no convívio familiar.
2ª) A liderança envolve uma distribuição desigual de poder entre os líderes e os demais membros do grupo: A distribuição de poder dentro de uma empresa é sem dúvidas sua ponte para crescimento.
3ª) A liderança é a capacidade de usar diferentes formas de poder para influenciar de vários modos seus seguidores– Pode até faltar os recursos, só não pode faltar a criatividade para criá-los.
Sabendo que a liderança é o exercício adequado da função de líder. Ou em resumo: é o indivíduo que exercita sua capacidade de persuasão, argumentação e carisma. Mesmo não estando presente, ele é percebido como se estivesse, e sempre lembrado pela inovação e liderança. Tendo sua maior função de gerar novas idéias e colocá-las em prática. Ele deve liderar talvez ainda inspirar, ele não pode deixar que as coisas se tornem rotineiras, e para ele, a prática de hoje jamais será suficientemente boa para amanhã.
Lição prática: O líder é o termômetro do grupo, isto é, indica o estado atual, das condições físicas, morais e espirituais dos seus comandados. Reflete a situação do momento do grupo. Tal líder, tal grupo...
Um líder deve ser uma pessoa entusiasta, que gere estimulo e exemplo para os seus comandados.
São os exemplos que arrastam como já afirmava Santo Agostinho no séc. IV: "As palavras comovem, os exemplos arrastam".
Na escala do sucesso precisamos fazer a distinção entre poder e liderança. Não é líder quem se impõe pela força e poder, mas quem usa o poder da liderança, isto é, o poder da persuasão e a capacidade de influenciar, sabendo mostrar como um guia o caminho que ele vê e conhece melhor. A melhor persuasão é o exemplo. É incrível e lamentável, constatar que em pleno século XXI ainda existam empresários e executivos de alto nível que confundem liderança com uso arbitrário do poder. Autoritários, inacessíveis e distantes, emocionalmente descontrolados, donos da verdade, pois não aceitam qualquer tipo de questionamento.
São pessoas no fundo muito inseguras, por isso não conseguem ouvir, são excessivamente transparentes para expressar o que sentem mas não admitem nos outros essa mesma transparência, embora paguem um preço muito alto por isso apesar de não o perceberem ou de não quererem percebê-lo.
Embora existam muitos conceitos e definições, observamos que a liderança é basicamente:
a) é caracterizada pela atitude integrada e dirigida para um objetivo comum ao líder e ao grupo;
depende da aceitação integral do líder pelo grupo, de modo a se conseguir uma integração do esforço ;
b) adquire forma e se processa dentro de um ambiente condicionado por forças sociais, formais e informais.
Gestão:
É fazer através dos outros.
Origem da liderança:
Vários fatos da história nos dariam bases para vários relatos, separei um em especial, a qual nasce na região da Mesopotâmia. Foi a região onde provavelmente começou a História, por volta de 4.000 a.C., era uma rica região da Ásia Menor, localizada nas planícies férteis banhadas pelos rios Tigre e Eufrates, os quais lançam suas águas no golfo Pérsico. A Mesopotâmia corresponde em grande parte ao atual território da República do Iraque. Começara ali os vestígios da liderança, a necessidade de se viver em conjunto, em sociedade, surgiu líderes para que este projeto fosse seguido.
De entre os feitos desta civilização destacam-se a invenção
da escrita cuneiforme (a mais antiga forma registrada para representar sons da
língua, em vez dos próprios objetos). A linha histórica da humanidade demonstra
que as transformações a as evoluções acontecem desde que o homem desenvolveu os
conhecimentos e habilidades necessárias para trabalhar o meio físico,
simplificá-lo e transformá-lo segundo suas carências. Por ser criativo, ele
inventou as roupas, os abrigos, os instrumentos, as ferramentas, a linguagem e
outros dispositivos que, somados a estes, aceleraram os processos de mudança,
desencadearam o progresso e o surgimento das organizações.
Tudo isto nos leva a crer que a mudança é um fenômeno que vem acompanhando o homem desde os seus primórdios. Por isso, as mudanças já não nos surpreendem, o que nos causa espanto é a velocidade e a profundidade com que elas acontecem, e em sintonia com as mudanças, está o líder capaz de se adéqua as mudanças e preparar seu grupo para um novo estágio.
As pessoas que se destacam como líderes, estarão projetando sua posição para um nível mais elevado, alcançando uma nova etapa e fazia mudanças no meio em que vive, na sua cidade, país e em alguns casos até no planeta.
E como muitos se tornaram líderes? Como é possível chegar a este patamar? Será que liderança é para todos? Como é possível se destacar como líder? Muitas perguntas e com diversas respostas possíveis, que podem ser:
O que buscou a liderança: O que se faz líder, é no momento de necessidade que sabemos quem realmente é líder (Autodeterminação).
O foi posto por acaso: Não havia opção, foi feito pelo fato
de não haver outro melhor. (Imposição).
O que nasce: O que é líder por natureza (inato).
OBS: O verdadeiro líder, não precisa de autodeterminação e nem de imposição para afirmar sua liderança. Ele nasce líder, isto é, vem da própria natureza, inerente. Não quero dizer com isso que a autodeterminação não seja boa, muito pelo contrário, deve ser vista com louvor a pessoa determinada que busca o sucesso. Digo que ainda que seja um dom inato, pode ser aprendido também.
2.
Estilos de Liderança
É importante esclarecer que todos os seres
humanos têm a capacidade de utilizar os quatro estilos aqui apresentados. Em
outras palavras, são atitudes e comportamentos que podem ser apreendidas
durante a vida. Independente de condição social, de nível de educação formal,
de raça e religião todos nós somos capazes de identificar e agir de acordo com
cada um dos estilos. A escolha do estilo predominante se dá por diversas
razões, entre elas, podem ser citados, a personalidade, a forma de educação, as
condições de vida, o momento e os objetivos e resultados que habitualmente
temos alcançado.
As situações e os
grupos variam; os líderes, também. Por isso, é bastante comum que o sucesso do
líder e dos seus seguidores esteja diretamente relacionado ao estilo de
liderança empregado.
1 – Estilo autocrático:
Nesse estilo, o líder determina as ideias e o que
será executado pelo grupo; isso implica a obediência dos demais.
O estilo autocrático é o mais
antigo. Sua origem remonta à Pré-história, quando os primeiros agrupamentos
humanos se organizaram e surgiram os primeiros chefes.
2- Estilo democrático
O estilo
democrático foi inspirado, principalmente, em ideias desenvolvidas na Grécia
Antiga.
Nesse estilo de liderança, não
apenas a pessoa do líder, mas todo o grupo é considerado o centro das decisões.
Isso não significa que, na
liderança democrática, o papel do líder perca sua importância, pois é
exatamente aí que ele fica bem caracterizado, distinguindo-se das funções de
simples chefia e ganhando um sentido mais profundo.
3 –
Liderança situacional
As organizações nos tempos de hoje exigem cada vez mais
líderes que saibam trabalhar com poucos recursos e em curto espaço de tempo.
Quanto maior a sua eficácia e maior o número de equipes otimizadas, melhor o
resultado. Neste contexto, a Liderança Situacional é uma poderosa ferramenta
para suprir essa necessidade das empresas.
O conceito de liderança situacional baseia-se no princípio de que o estilo de liderança a ser utilizado deve depender mais da situação do que da personalidade do líder.
Refere-se à escolha do estilo de atuação a ser
empregado pelo líder em face das diferentes situações por ele
detectadas.
Para os pressupostos da liderança situacional, não
há um estilo de liderança melhor do que outro, de forma a produzir sempre os
melhores resultados, e sim um estilo mais adequado a cada situação.
Outra
forma de pensar sobre estilos de liderança segundo o site “O gerente.com.br”
O líder situacional é
aquele com “jogo de cintura”, e que, de acordo com as demandas e o ambiente,
consegue adaptar-se rapidamente e contornar os problemas de forma a
eliminá-los, seja qual for seu estilo de liderança (autocrático, democrático ou
liberal). Assim, a liderança situacional se apresenta melhor em momentos de
crise, e neste caso, o trabalho do gestor é fundamental.
A principal diferença deste tipo de liderança em relação às
demais são as habilidades em diagnosticar o liderado, considerando o seu
desempenho atual nas tarefas, não na pessoa que é ou no seu potencial, e
conhecer quais são os estilos de liderança para usá-los nos momentos adequados.
A receptividade de suas estratégias depende do nível de
maturidade dos demais profissionais da equipe e de como estes estão prontos
para receber este modelo de liderança. Existem quatro estágios distintos de
maturidade numa organização e, estes influenciam diretamente no estilo de agir
do líder para alcançar o sucesso da gestão
do pessoal:
Estilo 1 • Determinar – neste nível, os autores classificam a
maturidade dos liderados como baixa para executar determinada tarefa, uma vez
que estes não sentem plena confiança em suas capacidades ou mesmo vontade para
executar as tarefas, e para que sejam cumpridas, o líder deve delegar e
acompanhar de perto a execução.
Estilo 2 • Persuadir – neste nível entendemos que o colaborador
tem maturidade de média a moderada, e suficiente para cumprir a tarefa, porém
não as habilidades que a mesma exige. Neste caso, o líder situacional além de
direcionar o trabalho, deve apoiá-lo e incentivá-lo para que alcance a
autoconfiança e motivação necessárias para agir.
Estilo 3 • Compartilhar – neste nível o colaborador tem a maturidade
entre moderada e alta, e as habilidades para executar a tarefa, porém não tem
interesse em ajudar o líder. Esta indisposição pode estar relacionada a fatores
como desmotivação e falta de confiança em seu trabalho e, o papel do líder
buscar sua participação e colaboração na tomada de decisões.
Estilo 4 • Delegar – no último nível encontramos o colaborador
com maturidade alta e, com habilidades e a disposição que a tarefa exige. Neste
nível o líder não precisa apoiar e direcionar efetivamente seu trabalho, uma
vez que o colaborador tem autonomia e a confiança do líder para criar as
melhores soluções e executá-las, independente de seu acompanhamento.
Saiba agir como um líder situacional
Tendo em conta que o líder situacional predispõe-se a
adaptar-se às características dos seus colaboradores, estes por si só
atuarão de acordo com a estratégia de gestão estabelecida pelo seu líder.
Dicas de como desenvolver sua
maturidade como líder situacional:
- Mantenha um canal de comunicação aberto, procure ouvir na
essência e comunicar-se assertivamente com seus colaboradores;
- Respeite as características comportamentais e profissionais de
cada colaborador, busque identificar seus diferenciais e use-os a favor da
empresa;
- Guie, ensine e conduza os profissionais e equipes, e ofereça a
estes oportunidades reais de desenvolvimento de suas habilidades e capacidades
coletivas e individuais;
- Dê avaliações assertivas, exponha com clareza os motivos de um
feedback positivo e evidencie o bom trabalho de seu colaborador. Do mesmo modo,
quando o feedback não for positivo, foque em destacar os pontos de
melhoria e busque junto com o seu colaborador as soluções mais adequadas
para que os mesmos erros não se repitam;
- Procure alinhar as expectativas profissionais dos colaboradores
com os interesses e resultados da empresa;
- Faça com que colaboradores conheçam a missão e os valores da
organização, sintam-se mais engajados e responsáveis e com isso reconheçam sua
importância dentro dos processos de trabalho, em seu autodesenvolvimento e no
alcance dos resultados como um todo;
- Ofereça suporte, conhecimentos, experiências e possibilidades
reais de crescimento e ascensão na carreira e busque sempre desenvolver o
máximo seus liderados;
- Conheça a si mesmo;
- Demonstre aos seus colaboradores que você está lá para ajudar a
todos com suas necessidades e não com suas vontades;
- Defina devidamente as competências de cada colaborador de sua
equipe;
- Estimule a autonomia na apresentação de melhorias para a
organização.
Outros modelos:
Visionário: ocorre
quando a transformação exige uma nova visão ou diretriz clara.
Técnico: ajuda
os empregados a aperfeiçoarem o desempenho estabelecendo capacidades de longo
prazo.
Aglutinador:
auxilia a superar as fraturas no grupo, motiva durante períodos de tensão.
Democrático: constrói
consenso, solicita contribuições dos empregados.
Determinador de ritmo: Extrai
resultados de qualidade de um grupo motivado.
Imperioso: fornece rápida reversão em
crise, trata dos problemas dos empregados.
Atribuições do Líder
- Preocupar-se com as pessoas e ouvir o que elas têm a dizer
- Encorajar a colaboração e o aprimoramento dos outros em vez de
se concentrar exclusivamente nas realizações pessoais
- Agir com um propósito em vez de ficar empacado em atividades
medíocres
- Criar um legado de realizações e contribuições em tudo o que fizer
Um líder não nasce pronto. Ele aprende a liderar. E a liderança não é uma
arte misteriosa praticada apenas por uns poucos escolhidos, mas a reação diária
de toda pessoa que deseja fazer do mundo um lugar melhor como resultado de seus
esforços.
E você não precisa ser chefe para isso.
O líder
bem-sucedido
O líder bem-sucedido é aquele que sabe comportar-se
adequadamente de acordo com as diversas situações, ou seja, aquele que consegue
perceber cada contexto e adaptar o melhor método de liderança segundo as
circunstâncias. A liderança é uma característica a ser desenvolvida; o líder
não nasce pronto.
A liderança pode ser desenvolvida desde que o líder tenha como premissas básicas o "foco nos objetivos" e a "vontade de ajudar o outro", resgatando o potencial de cada indivíduo e o estimulando favoravelmente.
Autoconhecimento
– reconhecimento dos seus pontos fracos e fortes, bem como dos objetivos a serem atingidos;
Sinceridade
– honestidade no pensamento e nas ações, agindo com integridade e confiança absolutas com os dirigentes e com os funcionários (seguidores);
– reconhecimento dos seus pontos fracos e fortes, bem como dos objetivos a serem atingidos;
Sinceridade
– honestidade no pensamento e nas ações, agindo com integridade e confiança absolutas com os dirigentes e com os funcionários (seguidores);
Curiosidade
– aprimoramento permanente por meio de cursos, treinamentos, etc.;
Audácia
– disposição de correr riscos calculáveis;
– disposição de correr riscos calculáveis;
Responsabilidade
– escolha das ações mais pertinentes;
Auto-motivação
– conhecimento do que se pretende, o que favorece uma motivação consistente;
Ética
– padrão elevado de comportamento: honestidade e integridade na adoção de regras e normas definidas pela sociedade;
– padrão elevado de comportamento: honestidade e integridade na adoção de regras e normas definidas pela sociedade;
Flexibilidade
– capacidade de adaptar-se às mudanças pessoais, organizacionais e mundiais;
Administração do tempo
– priorização de atividades e aproveitamento das reuniões de forma satisfatória, eliminando as decisões pendentes;
COMPORTAMENTOS
DO LÍDER DE SUCESSO
Proficiência
– conhecimento profundo do que faz, mediante treinamento constante;
– conhecimento profundo do que faz, mediante treinamento constante;
Gerenciamento recíproco
–
estabelecimento de relações de troca satisfatórias entre dar e receber.
Liberdade de expressão
– o
líder dá liberdade de expressão porque sabe que nenhuma ideia nasce perfeita, o
que possibilita uma gestão compartilhada;
Motivação
– o
líder motiva seus liderados individualmente; percebe e respeita as diferentes
necessidades de seus colaboradores e as utiliza para liderá-los;
Delegação
– o
líder sabe compartilhar responsabilidades, transmite autoridade e divide com o
grupo as decisões a serem tomadas, dando-lhes liberdade de sugestão e de ação;
Flexibilização
– o
líder adapta-se às diferenças individuais dos integrantes da equipe e age como
facilitador do processo, mas sempre toma cuidado para não se exceder e
tornar-se paternalista;
Favorecimento à criatividade
–
espírito inovador e criativo caracteriza o indivíduo bem-sucedido. Cabe ao
líder estimular a criatividade de seus liderados e utilizá-la como uma força
articuladora para a obtenção de resultados;
Favorecimento ao trabalho em equipe
– o
líder mantém sua equipe integrada e comprometida; é quase impossível alcançar
bons resultados se se trabalha sozinho;
Comunicação
– o
líder é claro, objetivo e estimulador, ouve e deixa as pessoas falarem;
Feedback
– o
líder deve-se valer desse instrumento para acompanhar o desenvolvimento dos
funcionários, orientando-os na eliminação dos seus erros e ressaltando e
reforçando os seus acertos
3. Diferença
entre chefia e liderança
Antigamente a função de chefia era denominada capatazia, ou
seja, o "líder" era chamado de capataz. Depois passou a ser
"chefe". Atualmente ainda utilizamos várias expressões para
denominarmos as funções com autoridade, tais como: supervisor, inspetor,
gerente, tenente etc. Embora isso aconteça percebemos que estas expressões, aos
poucos vão sendo substituídas para dar lugar a liderança. Isto é desaparece o
"chefe" e nasce o "líder".
Muitos confundem chefia e liderança. Alguns chegam a confundi-las usando -as como sinônimos. Na verdade, surge muitas contradições quando se trata de conceituar estes dois termos. Porém, uma coisa é certa: " Nem todo chefe é líder e nem todo líder é chefe."
Um "chefe" poderá tornar-se -se líder, desde que aja no sentido de obter participação, envolvimento e adesão do grupo, com vistas a alcançar determinados objetivos.
Existe na literatura várias características para diferenciar chefia de liderança, inclusive confundindo-se com outros termos, como administrar e gerenciar.
"Chefia: é a função de quem deve fazer funcionar o pessoal, ou de tomar deliberações e incorporá-los em ordens e instruções gerais específicas. Chefiar e assumir a responsabilidade pelo resultado final da atividade de várias pessoas que operam em conjunto."
" Liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir os objetivos identificados como sendo para o bem comum."
Você não precisa ser chefe para ser líder
A liderança genuína não é conferida por um título pomposo nem
está vinculada a determinados cargos.
Na verdade, ela é demonstrada por meio de
suas ações cotidianas e pelo modo como você influencia a vida
das pessoas.
Você não precisa ser chefe para ser líder: basta
ter um desejo forte e sincero de fazer uma diferença positiva
e perceber as
oportunidades de liderar que se apresentam a cada dia – no trabalho, em casa,
com seus
amigos e parentes ou dentro da sua comunidade.
O experiente consultor Mark Sanborn usa ótimas histórias para
mostrar que a essência da liderança tem a
ver com pessoas comuns alcançando
feitos extraordinários, aproveitando suas habilidades para melhorar o
lugar
onde vivem e trabalham e para se destacar e crescer profissionalmente.
Chefe: tem a visão de que: Líder:
Tem a visão de que:
·
Administra recursos humanos Lidera
pessoas
·
Tem todo o poder Tem
competência
·
Conflitos são aborrecimentos Conflitos são lições
·
Crise são riscos Crise são oportunidades
·
Pessoas trabalham por dinheiro Pessoas
também trabalham por dinheiro
·
Tem subordinados Tem parceiros
·
Manda Orienta
·
Amedronta Entusiasma
·
Diz: Vá! Diz: vamos!
·
Baseia-se no poder Baseia-se na
cooperação
·
Procura culpado Assume
responsabilidade
·
Faz mistério Comunica
·
Fiscaliza Acompanha
·
Promete e não cumpre Nunca
promete o que não pode cumprir
Em resumo podemos concluir que chefiar é: " Fazer um
grupo funcionar para que sejam atingido determinados objetivos
(institucional)." Em contrapartida, liderar é mais amplo, pois podemos
definir essa "arte" como sendo: " A habilidade de influenciar e
ser influenciado pelo grupo, por meio de relações interpessoais adequadas para
consecução de um ou mais objetivos comuns a todos os participantes." É
fazer parte do problema e da solução.
8 erros fatais ao liderar uma equipe
Um dos motivos que explicam,
muitas vezes, o despreparo de alguns chefes na hora de lidar com a equipe é a
escassez de talentos que tem forçado organizações a acelerarem a carreira dos
jovens, promovendo-os a chefe antes mesmo de completarem 30 anos.
Mas não são só os jovens que
tropeçam, profissionais mais experientes também perdem a mão com frequência,
segundo os especialistas consultados. Confira então quais são os erros mais
comuns que colocam a perder o trabalho de toda a equipe:
1 Incorporar um papel
Bonzinho ou carrasco? “Muitos
líderes sofrem na hora de saber qual o papel que deve adotar na hora de tomar
decisões, decidir quem fica ou quem sai da equipe, de cobrar resultados ou
resolver conflitos”.
Achar que é preciso vestir uma
máscara e agir de acordo com ela é um dos equívocos mais comuns. “As pessoas
devem entender que não é preciso incorporar nenhum papel, porque o que vale
mesmo é tentar ser o mais justo possível”.
2 Enxergar
membros da equipe como apenas subordinados
A maneira de encarar os membros
da equipe é que vai definir a atitude do líder. “Se eu enxergo cada um apenas
como um subordinado, que está ali para me atender, não saio da visão tradicional
de chefe e subordinado”. A visão da equipe, na opinião de Oliveira, deve ser de
um conjunto, em que você e todos os outros estão ali para somar.
Dizer que valoriza o comprometimento e usar apenas a
afinidade pessoal na hora de promover algum funcionário é um exemplo do deslize
comum a muitos líderes: a incongruência. “É falar o que deve ser feito,
determinar uma norma, mas ser complacente quando alguém de quem ele gosta
quebra essa regra, isso é um grande erro.
4 Achar
que um estilo de gestão funciona para todos
Cada pessoa é única e
enxergá-las apenas como peças de uma engrenagem sem notar as especificidades de
cada um não é a melhor maneira de obter o máximo da equipe. “É preciso saber
dosar os estímulos porque em excesso pode gerar medo e quando é abaixo do
espero resulta em desânimo”.
5 Não
dedicar tempo às pessoas da equipe
Todo profissional gosta de ser
orientado e reconhecido no trabalho, mas poucos chefes encontram tempo para se
dedicarem ao desenvolvimento da equipe. “A própria avaliação de desempenho,
muitas vezes é feita em intervalos entre outras atividade e com pouca
dedicação”.
De acordo com ele, ouvir é a palavra-chave.
“É preciso dedicar tempo para escutar as pessoas e ajuda-las a pensar no seu
desenvolvimento de carreira”.
6 Assumir
as tarefas que delegou
Não ter tempo para ouvir a
equipe pode ser consequência deste equívoco que também é comum, na opinião dos
especialistas. “Quando ele assume as tarefas que delegou aos membros da equipe,
o líder fica sobrecarregado e impede as pessoas de crescerem”.
“Existe a dificuldade dos
líderes porque, muitas vezes, eles querem continuar executando tarefas e isso
provoca um congestionamento da agenda, é comum
um quadro em que o chefe compete com os membros da equipe. “Ele é o chefe da
equipe de vendas, mas quer continuar vendendo quando na verdade deve ajudar os
vendedores a venderem mais.
7 Rotular
a equipe
Competente, incompetente,
preguiçoso, lento. Rótulos limitam os membros da equipe, mas ainda muitos
chefes recorrem neste erro. “Gera comodismo, porque a pessoa pensa, se sou
incompetente por que razão vou dar o meu melhor?”
As pessoas devem ser
desenvolvidas pelo líder da equipe e ele não pode confundir comportamentos com
um comportamento que eventualmente ela pode ter tido. “ Se a pessoa faz algo
incorreto, não significa que é incompetente, mas ao rotular o líder limita as
possibilidades de essas pessoas crescerem”, diz Caroline.
8 Tentar
se impor pelo poder
Usar o cargo de chefia para se
impor e fazer com que a equipe chegue ao resultado por bem ou por mal é um erro
grave. “Isso não funciona, o que funciona é influenciar, estimular e envolver
as pessoas a ponto de elas terem o interesse em se engajar”.
“A situação vai determinar o
estilo da liderança, mas autocracia cem por cento do tempo é um vício, uma
armadilha porque desestimula a iniciativa”, diz Oliveira.
Um chefe autoritário faz com
que os membros da equipe percam a vontade de criar, de inovar, “Se o líder pune
a cada erro, a pessoas não vão inovar porque para criar é preciso encarar o
erro como elemento de aprendizagem.
Faça o teste e descubra qual
é seu perfil de liderança
1. Que
tipo de atividades você repassa à equipe?
(a) Só as que, por algum motivo específico, você
não pode fazer por si próprio
(b) Qualquer uma que não goste de fazer
(c) Aquelas que podem proporcionar maior
desenvolvimento para a equipe
2. Para
quem costuma repassar as atividades?
(a) Geralmente para as mesmas pessoas
(b) Para quem estiver livre
(c) Para quem precisa se desenvolver em uma
habilidade específica
3. Como
você repassa as atividades?
(a) Indicando como quer que tudo seja feito
(b) Indicando a importância daquela tarefa e o
prazo
(c) De modo específico para cada caso
4. Como
você participa das atividades?
(a) Acompanha sempre de perto e faz correções,
críticas e elogios diários
(b) Geralmente se envolve novamente apenas no fim
do processo
(c) Dialoga com a equipe e assume o papel de
orientador
5. Como
você se comporta durante o projeto?
(a) Quer ser copiado e envolvido em tudo
(b) Realiza outras atividades
(c) Sabe quando deve intervir e é percebido pela
equipe como facilitador
6. Quando
o projeto acaba, o que faz?
(a) Avalia os indicadores e exige a documentação
do processo desenvolvido
(b) Segue a rotina e não planeja possíveis
demandas adicionais
(c) Se reúne com a equipe para avaliar os
resultados, reconhecendo os esforços individuais e coletivos
7. Em
casos de falha, que atitude você toma?
(a) Exige ajuste imediato e uma justificativa
formal
(b) Repassa rapidamente a responsabilidade para
algum subordinado ou outra área
(c) Reconhece a responsabilidade e auxilia a equipe
a identificar a solução de modo participativo
8. Em
caso de sucesso, como você se posiciona?
(a) Padroniza a atividade para que seja sempre
repetida do mesmo modo
(b) Aceita os louros e por vezes cumprimenta
alguns membros da equipe
(c) Reconhece a equipe e busca condições para que
a empresa perceba o valor de cada funcionário na construção dos resultados
RESPOSTAS
Mais
respostas (a): perfil centralizador — gosta de controlar tudo.
Mais
respostas (b): perfil "delargador" — não acompanha a equipe e pensa
mais em si mesmo.
Mais
respostas (c): perfil de quem delega adequadamente.